Distúrbios alimentares são
transtornos que causam prejuízos à saúde. No caso da anorexia, trata-se da
perda severa de peso devido à não aceitação do indivíduo com seu peso ideal,
além do medo de engordar, que afeta na maioria das vezes jovens de 17 a 25
anos. Existem diversas possíveis causas para o início desse quadro de distúrbio
alimentar, como transtornos socioculturais, no qual o indivíduo está exposto a
padrões de beleza impostos pela mídia e tenta alcança-los para satisfação
pessoal, porém a principal causa é o estresse, que pode desencadear uma
anorexia nervosa.
Os primeiros sinais de um indivíduo que apresenta anorexia são comportamentos alimentares inadequados, como vômitos auto induzidos, uso abusivo de laxantes e medicamentos para emagrecer.
Estudos mostram que os distúrbios alimentares podem ser provenientes de causas psicológicas e/ou genéticas. Um indivíduo sob condição de estresse apresenta a tendência a comer mais e, como consequência, pode apresentar um quadro de obesidade. Por outro lado, essa condição de estresse pode facilitar o desenvolvimento do processo anoréxico. Condição em que, após as refeições, o indivíduo sente náuseas e provoca vômito, consequentemente, perde de forma gradativa o apetite.
A anorexia não apresenta
tratamento medicamentoso primariamente indicado, mas sim, formas secundárias
para tentar solucionar o problema. Na maioria dos casos, o indivíduo inicia um
tratamento psicológico, podendo ser associado ao uso de medicamentos para a
ansiedade. Porém, o tratamento só será eficaz a partir da aceitação da doença
por parte do indivíduo. De todo modo, há uma busca pela terapêutica
medicamentosa. Existem estudos que propõem o uso de antipsicóticos de segunda
geração para um possível tratamento da anorexia nervosa, porém apresentam como
reação adversa um ganho de peso acentuado.
O fato de não haver um tratamento
medicamentoso bem estabelecido não significa que ele não exista. Pode ser a
falta da real compreensão da atividade química cerebral. Em nosso sistema
nervoso central, existem muitas substâncias que regulam seu funcionamento. A
serotonina desempenha diversas funções no organismo humano, inclusive na
regulação do apetite. Os transtornos alimentares podem alterar a quantidade de
serotonina no cérebro gerando falsa saciedade, ou seja, o indivíduo perde o
apetite. Em uma condição de maior gravidade trata-se da anorexia.
Michelle Ghenne Quaia - 5º
semestre do curso de Farmácia
Referências:
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