Os injetáveis são preparações estéreis destinadas à administração parenteral, ou seja, injetável. A esterilidade dessas preparações
é importante, uma vez que entram em contato direto com os fluidos do organismo
ou tecidos, podendo gerar infecções. Deve-se ter uma rígida assepsia para evitar
esse risco.
De modo geral, essa via é mais
utilizada quando se deseja rápida ação do medicamento como por exemplo, em
situações de emergência.
Os medicamentos podem ser
injetados em quase todos os órgãos e regiões do corpo. Porém, geralmente são
executadas injeções em veias (intravenosa -IV), em músculos (intramuscular –
IM) na pele (intradérmica – ID), ou debaixo da pele (subcutânea - SC).
Atualmente a via intravenosa é
uma ocorrência rotineira nos hospitais, embora sejam conhecidos os perigos
associados a essa prática.
A administração intravenosa em
situações de emergência pode salvar uma vida, devido à colocação do medicamento
diretamente na circulação.
Não só as soluções injetáveis
precisam ser estéreis, mas as seringas e agulhas empregadas devem ser
esterilizadas e o ponto de entrada deve ser desinfetado para diminuir a
possibilidade de transportar bactérias da pele para o sangue, através da
agulha.
Os medicamentos administrados por
essa via geralmente devem ter a forma de solução aquosa; devem se misturar com
o sangue circulante e não devem precipitar.
A injeção intramuscular de
medicamentos proporciona efeitos com a ação menos rápida, mas com maior duração
que os obtidos pela IV.
Podem ser administradas por via IM
soluções ou suspensões aquosas ou oleosas de substâncias farmacêuticas. As
injeções são aplicadas profundamente nos músculos esqueléticos.
O local mais comum utilizado para
injeção em adultos é o quadrante superior externo do glúteo máximo. Porém são
administradas em outras regiões, como no braço (deltoide) e coxa (músculo
mesolateral).
A via subcutânea pode ser
utilizada para pequenas quantidades de medicamentos. Antes da injeção a pele do
local deve ser limpa.
Vários medicamentos podem ser
injetados na via intradérmica.
A forma de preparação de um
medicamento de uso parenteral depende de sua natureza e terapêutica.
Os produtos parenterais devem ser
preparados em ambientes controlados, sob padrões sanitários e por um pessoal
especialmente treinado e vestido para manter os padrões.
De modo geral, se o fármaco for instável em
solução ele pode ser preparado como um pó seco que poderá ser reconstituído com
o solvente ou preparado em suspensão de veículos no qual o fármaco é insolúvel.
O uso de corantes é extremamente proibido.
O solvente mais usado é a água
para injeção. Essa água é purificada, não é exigido que ela seja estéril, porém
ela deve ser livre de pirogêneos (produtos do metabolismo de organismos). Deve
ser usada na preparação de produtos injetáveis que serão esterilizados
posteriormente. Deve ser utilizada em 24 h após a coleta.
A água estéril para injeção deve
ser livre de pirogêneos e não pode conter nenhum agente antimicrobiado ou outro
material.
Deve ser usada como solvente,
veículo ou diluente para fármacos injetáveis já esterilizados e acondicionados.
Não podem ser administrados por via IV.
A água bacteriostática para
injeção é água estéril para injeção contendo um ou mais agentes
antimicrobianos.
Não se deve administrar em
soluções parenterais em grandes volumes devido à presença excessiva e até
toxica que seriam administradas junto com o fármaco. Devemos considerar também
a compatibilidade química dos agentes bacteriostáticos presente com o fármaco.
A injeção de cloreto de sódio não
contém nenhum agente antimicrobiano e pode ser utilizada como veículo estéril.
As injeções de cloreto de sódio
bacteriostático contêm um ou mais agentes antimicrobianos. Deve se tomar
cuidado para assegurar a compatibilidade do fármaco com os conservantes.
De modo geral, as injeções
oleosas não são administradas por via IM. Não devem ser administradas por via IV.
Podem ser adicionados conservantes, antioxidantes, tampões e solubilizantes.
Lais Oliveira Reis – 5º semestre
do curso de Farmácia
Referência:
ANSEL, Howard C. Farmacotécnica:
Formas farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. Premier, v. 6 n.
1, p. 316-25, 2000.
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