Dispepsia, mais conhecida como
indigestão, é todo sintoma de dor ou desconforto constante relacionado com a
parte superior do abdômen. A dispepsia representa um complexo de sintomas e não
um diagnóstico único e nem toda indigestão se enquadra em uma dispepsia. Esses
sintomas abrangem náuseas, vômitos, azia, sensação de queimação no estômago,
dor na hora de engolir o alimento e a regurgitação. As principais causas desses
sintomas são os problemas gastrintestinais, estresse físico ou emocional e os
maus hábitos, como uso indiscriminado de anti-inflamatórios não esteroidais,
etilismo e tabagismo. No Brasil, cerca de 44% da população possui quadros de
dispepsia, sendo normalmente associada a outros casos como depressão e
ansiedade.
O refluxo gastresofágico é bem
comum na população brasileira. Ele é causado por conta da falta de contração do
esfíncter esofágico inferior do estômago. Esse esfíncter é a principal barreira
que impede o refluxo do ácido gástrico e, sem essa contração necessária, ele
não consegue impedir que o ácido danifique os tecidos esofágicos.
O medicamento a ser utilizado
para os casos de dispepsia depende de seu causador. Nos medicamentos mais
utilizados se incluem os tarjados, que servem para ação terapêutica, como os
inibidores de bomba de prótons como o omeprazol e pantoprazol e os antagonistas
do receptor de H2, como a cimetidina e a ranitidina. Há também os de ação
paliativa, que se é mais utilizado quando a doença surge a partir de crises. Esses medicamentos ajudam a manter a acidez
estomacal em um nível que não danifique as mucosas estomacais.
Apenas um médico especializado
poderá determinar qual a gravidade e qual tratamento deverá ser realizado para
o problema específico. Oriente-se com o farmacêutico sobre qual o medicamento
mais adequado para a sua determinada situação.
Referências:
Internal Clinical Guidelines
Team. Dyspepsia and
Gastro-Oesophageal Reflux Disease: Investigation and Management of Dyspepsia,
Symptoms Suggestive of Gastro-Oesophageal Reflux Disease, or Both. NICE
Clinical Guidelines, No. 184. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0080506/#ch1.s1>.
Acesso em: 16 de fev. 2016.
Silva FM. Dispepsia: caracterização e abordagem. Rev Med.
São Paulo. 2008 out.- dez.;87(4):213-23.
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