As doenças inflamatórias
intestinais (DII) incluem a doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU), as quais são
caracterizadas por inflamação crônica no intestino. De acordo com o Grupo de
Estudo das Doenças Inflamatórias Intestinais do Brasil (GEDIIB), realizado em
seis capitais brasileiras, 46% das pessoas que sentem dores abdominais e 61%
das que têm diarreia frequente preferem automedicar-se ou tomar remédios
caseiros em vez de procurar cuidado médico. Além disso, 39% das pessoas não
buscam solução, preferem “esperar passar”.
O baixo grau de adesão pode
afetar negativamente a evolução clínica do paciente e sua qualidade de vida,
constituindo-se em problema relevante, que pode trazer consequências pessoais,
sociais e econômicas.
A abordagem precoce com o
tratamento minimiza a evolução para as complicações. Na maioria dos casos, não
há possibilidade de cura, porém, existem vários tipos de tratamentos medicamentosos utilizados para o controle dos sintomas.
Por serem doenças crônicas, o
tratamento é feito a longo prazo. A
medicação é definida de acordo com a gravidade da doença, da parte que foi
afetada pelo intestino e se existem complicações. Existem várias medicações
diferentes para o tratamento da doença, porém nenhuma delas têm o
poder de cura. Essas medicações são utilizadas para manter a doença sob controle.
Quando a doença está controlada,
é perigoso para o paciente a suspensão do tratamento, exigindo um
acompanhamento permanente e o uso de drogas anti-inflamatórias, mesmo sendo em
pequenas dosagens. Pode ocorrer de o paciente não ter sintomas e haver
inflamações, as quais são observadas microscopicamente. É um fator que pode ser evitado se a doença
for tratada de maneira permanente, como todas as doenças crônicas.
Lais Oliveira Reis – 7º semestre do curso de Farmácia
Referências:
ABCD, Adolescentes: convivendo com a Doença de Crohn e a
Retocolite Ulcerativa, Fev., 2014
CLÍNICAS, B.I.H Doenças inflamatórias intestinais são
campeãs de automedicação, UFMG, out., 2013, an XVIII, Nº293
DEWULF,
N.L.S et. al.. Adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com
doenças gastrointestinais crônicas acompanhados no ambulatório de um hospital universitário.
Brazilian Journal of
Pharmaceutical Sciences, v. 42, n. 4, out. /dez., 2006
ALBERT EINSTEIN. Sociedade Beneficente
Israelita Brasileira. Retocolite exige tratamento constante. abril, 2013.
Disponível em: < http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/retocolite-exige-tratamento-constante.aspx>.
Acesso em 03 mar. 2016.
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