quarta-feira, 2 de março de 2016

O que é e quais são as causas da diarreia

A diarreia é mais comum em locais
onde não há saneamento básico 
A diarreia é a mudança no hábito intestinal do indivíduo, que implica em aumento do peso das fezes, da quantidade da parte líquida e da frequência de evacuações, ou seja, ela é caracterizada pela consistência das fezes e não necessariamente pela quantidade de evacuações. Geralmente, mais de uma dessas características estão presentes.  A diarreia ocorre quando há excesso de fluido nas fezes, por anormalidades na secreção ou na absorção.

Alguns medicamentos são totalmente contraindicados para diarreias em crianças. A reidratação é sempre uma escolha confiável. O leite materno, por suas características nutricionais e imunológicas, protege a criança contra a diarreia.

Vários estudos comprovam a eficácia da amamentação como uma prática que evita a doença diarreica e as mortes a ela relacionadas, entretanto está também demonstrado que a diarreia é mais prevalente em situações adversas, de acordo com padrão socioeconômico e de saneamento básico.

Ela pode ser classificada como osmótica, secretória, exsudativa ou motora. Veja a seguir:

A diarreia osmótica que ocorre quando há grande quantidade de moléculas solúveis em água no intestino, gerando a retenção osmótica de água.  As causas mais frequentes são o uso de laxativos e a má absorção intestinal de carboidratos.  A diarreia secretória ocorre por que a mucosa intestinal tem a capacidade de secretar fluidos isotônicos (meio de igual concentração). São causados por vírus, bactérias e entre outros. A diarreia exsudativa ocorre quando as proteínas do soro, sangue, muco ou pus, a partir de áreas inflamadas atravessam os poros e escorrem pela superfície, causando aumento do volume fecal o que leva a diarreia. Ocorre devido às doenças inflamatórias intestinais. A diarreia motora é causada pelo trânsito intestinal acelerado devido ao pouco tempo de contato com a superfície absortiva.

O exame físico deve ser completo para conhecermos a repercussão da diarreia. O mais importante é caracterizar a desidratação e a desnutrição, se estiverem presentes. Nas informações a serem obtidas do paciente com diarreia, não podem ser esquecidas àqueles referentes à duração, o que define se é aguda ou crônica.

As causas de diarreia aguda podem ser infecções (vírus, bactérias, parasitas, fungos), alimentos contaminados, medicamentos etc. Já a diarreia crônica pode ser causada por parasitoses, álcool, abuso de laxativos, infecção crônica, entre outros.

Produzido por Laís Oliveira Reis – 7º semestre do curso de Farmácia

Referências:

DANTAS, R.O, Diarreia e constipação intestinal, Medicina, Ribeirão Preto: 262-266, jul. /dez. 2004         
                                                             
YOON P.W, BLACK R.E, MOULTON L.H, BECKER S. Efeito do não Aleitamento materno sobre o risco de mortalidade diarreicas e respiratórias em crianças com menos de 2 anos de idade em Metro Cebu, Filipinas.1996

WHO C. S. T, sobre o papel do aleitamento materno sobre a prevenção da mortalidade infantil. Efeito da amamentação em a mortalidade infantil por doenças infecciosas em menos países desenvolvidos: uma análise agrupada

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