O coração é um dos órgãos mais importantes do organismo.
Ele é o responsável por bombear o sangue dentro dele para o resto do organismo,
nutrindo outros órgãos e tecidos. Quando esta função é comprometida os
resultados refletem no organismo inteiro. Insuficiência cardíaca é o nome dado
para qualquer disfunção, fisiológica ou anatômica, que comprometa a ação de
preenchimento e ejeção de sangue por parte do coração.
A insuficiência cardíaca possui vários fatores de risco,
tais como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença de chagas e obesidade.
Por mais que alguns desses fatores de risco citados possam ser mais comuns, se
controlados de maneira adequada, as probabilidades de se desenvolver a
insuficiência cardíaca serão mínimas.
A maior problemática da insuficiência cardíaca é de que,
se não diagnosticada precocemente, haverá poucas chances de reverter o quadro
clínico da doença. Desta forma, o médico só poderá optar por tratamentos que
impeçam a sua progressão, não havendo como optar por tratamentos que curem a
doença.
O estágio em que a doença se encontra pode ser colocado
em diferentes classes. O que classificará em que classe se encontra a
insuficiência cardíaca é o cansaço que cada paciente sente ao realizar
determinadas atividades físicas. Indivíduos que sentem dificuldade respiratória
durante a realização de atividades físicas, como longas corridas, tem nível de
comprometimento menor. Já indivíduos que encontram dificuldade em caminhadas,
tem nível de compromentimento maior e assim sucessivamente até atingir o
estágio em que o indivíduo se cansa até em estado de repouso.
O tratamento para esta patologia vai depender do estágio
em que ela se encontra, sendo que nos estágios iniciais, quando é possível se
reverter o caso clínico, pode se administrar medicamentos que vão dar o suporte
necessário para o coração se tornar forte novamente. São exemplos:
beta-bloqueadores como o propanolol e o carvedilol, sendo o segundo a opção
mais adotada. Para pacientes que se encontram em estágios mais avançados, esses
medicamentos não serão adequados, sendo necessária administração de
medicamentos chamados digitálicos, que irão fornecer a força que o coração
precisa.
A diferença entre esses medicamentos é que os
beta-bloqueadores dão o subsídio necessário para o coração voltar a ser potente
como antes, enquanto os digitálicos conferem força para o coração apenas
enquanto ainda estão sendo administrados. O mais importante é trabalhar a
prevenção, portanto consulte seu cardiologista no mínimo uma vez por ano.
Quanto ao uso de medicamentos sempre consulte o farmacêutico e não saia de uma
farmácia com duvidas, o conhecimento sobre o tratamento que se esta realizando
é imprescindível para o paciente aderir à terapia de maneira consistente.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 6º semestre do curso de Farmácia.
Referências:
SANTOS, I.S.; BITTENCOURT, M.S. Insuficiência cardíaca. Rev Med. São Paulo, v. 87, n.4,
p.224-231, Out./Dez. 2008.
LESSA, I. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica
e da insuficiência cardíaca no Brasil. Rev Bras Hipertens. Rio de Janeiro, v.8,
n.4, Out./Dez. 2001.
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