O farmacêutico é um profissional capaz de ter
compreensão plena dos fenômenos biológicos, principalmente na conjugação da
química e da biologia. Com a intersecção, fica mais fácil e possível
compreender a farmacologia. Com esse conhecimento, o profissional pode atuar em
cerca de 70 atividades diferentes, dentre elas análises clínicas,
toxicológicas, indústria alimentícia, cosmética e no âmbito do medicamento,
propriamente dito. Esse âmbito envolve desde o desenvolvimento do fármaco até
sua dispensação e aplicação, e todas as fases desse processo. Ao se considerar
a vacina como um medicamento, todas as fases passam a ser competência do
farmacêutico.
As vacinas são produzidas por farmacêuticos
que atuam em indústrias farmacêuticas ou institutos de pesquisas, e em
sequência são dispensadas em unidades de saúde, hospitais e farmácias. A vacina
consiste em uma substância conhecida como antígeno, ou seja, partícula ou
molécula capaz de promover resposta imune. Ao estimular o sistema imunológico,
o organismo passa a produzir anticorpos e células capazes de destruir os
invasores. É essa resposta que torna o indivíduo imune, protegido contra um
determinado antígeno patogênico, sendo fator determinante para o combate de
doenças infecciosas.
No Brasil, o Instituto Butantan realiza a
produção de importantes vacinas que são encaminhadas para à unidades de saúde.
As vacinas produzidas pelo instituto são várias: vacina adsorvida difteria,
tétano e pertussis (DTP), vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT),
vacina adsorvida difteria e tétano infantil (DT), vacina adsorvida hepatite B
(recombinante), vacina influenza sazonal trivalente (fragmentada e inativada) e
vacina raiva inativada (VR/VERO).
Em 2014 foi publicada a Lei nº 13.021, a qual
afirma que farmácias têm permissão para dispor de vacinas e soros para
atendimento à população. No entanto, ainda se faz necessária a regulamentação
por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para que as
vacinas possam ser aplicadas em farmácias. Em decorrência da ausência dessa
regulamentação em nível nacional, alguns estados como Santa Catarina, Paraná e
Rio de Janeiro definiram suas próprias regras para o assunto.
A regulamentação da administração de vacinas
em farmácias irá contribuir com o trabalho de imunização da população, pois irá
facilitar o acesso, além de provavelmente contribuir para uma redução no custo.
Há de se considerar que investimento em uma clínica específica, que somente
realiza venda e aplicações de vacinas, tende a ser mais alto. A realização
desse procedimento em farmácias não irá interferir na qualidade do serviço,
visto que o farmacêutico é um profissional qualificado para realizar
procedimentos como esse de forma segura.
Mayra Ivonete
Wessling – 6º semestre do curso de Farmácia
Referências:
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF), Conselhos
de Farmácia defendem regulamentação dos serviços de vacinação em farmácias.
Disponível em:< http://www.cff.org.br/noticia.php?id=4516>.
Acesso em 23 Out. 2017.
INSTITUTO BUTANTAN, Vacinas. Disponível
em:< http://www.butantan.gov.br/producao/vacinas/Paginas/default.aspx>.
Acesso em 19 Out. 2017.
CONSELHO REGIONAL DE FÁRMACIA DO ESTADO DE
SÃO PAULO (CRF-SP), Vacina nas farmácias. Disponível em:< https://portal.crfsp.org.br/index.php/revistas/469-revista-do-farmaceutico/revista-120/6917-revista-do-farmaceutico-122-vacina-nas-farmacias.html>.
Acesso em 19 Out. 2017.
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