Com o avanço das tecnológicas, está cada
vez mais fácil diagnosticar doenças que antes só eram possíveis de serem
diagnosticadas após longos períodos, principalmente as doenças crônicas, o que
poderia comprometer a saúde da criança que se espera que possa se desenvolver
sem nenhuma restrição, se sentindo livre para praticar atividades físicas como
todas as outras.
As doenças crônicas são enfermidades de
difícil cura, sendo adotados tratamentos que visam o controle da evolução da
doença, diminuindo-se os sintomas. Porém, mesmo com medicação, doenças crônicas
podem ser fatores limitantes para algumas atividades.
Deve-se entender que crianças não são
pequenos adultos, seus organismos reagem de maneira diferente aos medicamentos.
Isso ocorre devido ao metabolismo das crianças estar em constante
desenvolvimento, podendo ser separado em até seis fases diferentes, conforme a
idade, até ter o metabolismo consolidado do adulto.
O medicamento altera as funções
fisiológicas do organismo para realizar o seu propósito e, normalmente, também
acabam alterando funções não desejadas. Essa intervenção em outros pontos
orgânicos é o que se denomina efeitos colaterais, que podem ser de menor ou
maior grau. Porém, por mínimo que seja, esse efeito pode prejudicar a
terapêutica. E as crianças são mais suscetíveis a eles.
Os medicamentos mais utilizados em
crianças são os anti-inflamatórios, anti-histamínicos e corticoides. Os
anti-inflamatórios, como o próprio nome indica, servem justamente para inibir a
cascata inflamatória causada por determinada lesão, sendo medicamentos de fácil
obtenção no mercado. Porém, seu uso crônico pode ter diversas complicações,
como levar a criança a desenvolver úlceras e gastrites, por exemplo.
Os anti-histamínicos são bastante
utilizados no controle de crises alérgicas, mas, se utilizados de maneira
continua e não controlada, podem causar tonturas e dores de cabeça. Já os corticoides
são muito utilizados por pacientes asmáticos, com o intuito de impedir as
crises.
Os corticoides de uso sistêmico com o
objetivo imunossupressor para evitar as crises, pode trazer como consequência a
recorrência das doenças infecciosa.
É importante os pais estarem juntos da
criança para apoiar no tratamento, pois como se trata de doença crônica, o uso
do medicamento deverá ser contínuo. A adaptação da família tanto na questão
econômica quanto na questão social, de dar a atenção necessária para que a
criança entenda o motivo do tratamento é de grande importância. Além disso, se
o horário de administração do medicamento ocorrer em períodos de aula, sempre
informe os professores responsáveis para auxiliar a criança. Nunca saia do
consultório médico ou da farmácia com dúvidas, sempre se oriente com
profissionais habilitados como o farmacêutico ou o médico.
João
Gabriel Gouvêa da Silva – 6° semestre do curso de Farmácia
Referências:
VIEIRA,
M.P; LIMA, R.A.G. crianças e adolescentes com doença crônica:
convivendo com mudanças. Rev
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JUNIOR, J.B.S. Asma, competência social e
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BRICKS,
L.F.; LEONE, C. Utilização de medicamentos por crianças atendidas em creches. Rev.
Saúde Pública. São Paulo, v.30, n. 6, p.527-35, 1996.
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