O
termo câncer começou a ser utilizado no século IV antes de Cristo, porém
atualmente sabe-se que esta doença é muito antiga, detectada até em múmias
egípcias. O
câncer, tumor maligno oriundo de uma proliferação desordenada de células, é a
segunda maior causa de morte no Brasil. O câncer de pele é o tipo mais
frequente no país e tem predominância em adultos com mais de 40 anos e pessoas de
cútis branca.
Segundo
o Instituto Nacional do Câncer (2011)
“cerca de um terço dos casos novos de câncer no mundo poderia ser evitado”. Minimizar
a exposição à radiação UV, seja solar ou artificial, são fatores de proteção
contra o câncer de pele. Por este motivo, o bronzeamento artificial feito em
câmara bronzeadora está proibido desde 2009 no Brasil, e em outros países.
Segundo
estudos realizados pela Agência
Internacional para Pesquisas do Câncer, estes aparelhos que emitem radiação
ultravioleta constituem risco iminente de câncer. O próprio Ministério da Saúde
e a Sociedade Brasileira de Dermatologia também se manifestaram contra a
utilização destas máquinas.
O
câncer de pele está classificado em dois tipos: ‘não melanoma’, de maior
incidência e baixa mortalidade; e ‘melanoma’ que representa apenas 4% das
neoplasias malignas da pele, sendo o tipo mais grave devido à sua alta possibilidade
de se espalhar para tecidos adjacentes, em maciça maioria dos casos acometendo
a óbito.
Detectados
em estágios iniciais há bom prognóstico de cura, porém a grande mobilização
deve ocorrer em prol da prevenção: proteção física (evitando a radiação por se
manter na sombra, usando sombrinhas, chapéus, manga comprida, etc.) e química,
por meio de filtro solar de fator de proteção (FPS) adequado as características
individuais de pele.
Estima-se
que 14% da população diagnosticada com melanoma apresentem essa neoplasia no histórico
familiar. Nesta porcentagem estão inclusas herança genética bem como propagação
de hábitos de exposição solar sem proteção.
Em
um país tropical de alta incidência de radiação UV é aumentado o fator de risco
para lesões cutâneas como queimadura solar e mutações genéticas (câncer)
somadas à diminuição das defesas inatas da pele provocada em especial pela
radiação UVB, deve-se educar desde a infância sobre a necessidade de uma exposição
segura ao bronzeamento, seja ocupacional ou intencional, e da importância do
costume de usar fotoprotetores.
Suzana Silva de Oliveira – 8º semestre Farmácia
Referências
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 56/09. Brasília: DOU, 2009.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 56/09. Brasília: DOU, 2009.
BRASIL.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de
Janeiro: CEDC, 2011.
CASTILHO, I.G.; SOUSA, M.A.A.; LEITE, R.M.S. Fotoexposição e fatores de risco para
câncer da pele: uma avaliação de hábitos e conhecimentos entre estudantes
universitários. Brasília:
Bras Dermatol., 2010. 85(2):173-8.
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