segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Câncer de pele e proteção

O termo câncer começou a ser utilizado no século IV antes de Cristo, porém atualmente sabe-se que esta doença é muito antiga, detectada até em múmias egípcias. O câncer, tumor maligno oriundo de uma proliferação desordenada de células, é a segunda maior causa de morte no Brasil. O câncer de pele é o tipo mais frequente no país e tem predominância em adultos com mais de 40 anos e pessoas de cútis branca.


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (2011) “cerca de um terço dos casos novos de câncer no mundo poderia ser evitado”. Minimizar a exposição à radiação UV, seja solar ou artificial, são fatores de proteção contra o câncer de pele. Por este motivo, o bronzeamento artificial feito em câmara bronzeadora está proibido desde 2009 no Brasil, e em outros países.

Segundo estudos realizados pela Agência Internacional para Pesquisas do Câncer, estes aparelhos que emitem radiação ultravioleta constituem risco iminente de câncer. O próprio Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia também se manifestaram contra a utilização destas máquinas.
O câncer de pele está classificado em dois tipos: ‘não melanoma’, de maior incidência e baixa mortalidade; e ‘melanoma’ que representa apenas 4% das neoplasias malignas da pele, sendo o tipo mais grave devido à sua alta possibilidade de se espalhar para tecidos adjacentes, em maciça maioria dos casos acometendo a óbito.

Detectados em estágios iniciais há bom prognóstico de cura, porém a grande mobilização deve ocorrer em prol da prevenção: proteção física (evitando a radiação por se manter na sombra, usando sombrinhas, chapéus, manga comprida, etc.) e química, por meio de filtro solar de fator de proteção (FPS) adequado as características individuais de pele.

Estima-se que 14% da população diagnosticada com melanoma apresentem essa neoplasia no histórico familiar. Nesta porcentagem estão inclusas herança genética bem como propagação de hábitos de exposição solar sem proteção.

Em um país tropical de alta incidência de radiação UV é aumentado o fator de risco para lesões cutâneas como queimadura solar e mutações genéticas (câncer) somadas à diminuição das defesas inatas da pele provocada em especial pela radiação UVB, deve-se educar desde a infância sobre a necessidade de uma exposição segura ao bronzeamento, seja ocupacional ou intencional, e da importância do costume de usar fotoprotetores.

Suzana Silva de Oliveira – 8º semestre Farmácia


Referências
BRASIL.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 56/09. Brasília: DOU, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro: CEDC, 2011.

CASTILHO, I.G.; SOUSA, M.A.A.; LEITE, R.M.S. Fotoexposição e fatores de risco para câncer da pele: uma avaliação de hábitos e conhecimentos entre estudantes universitários. Brasília: Bras Dermatol., 2010. 85(2):173-8.

Nenhum comentário:

Postar um comentário