Tomar sol é um hábito saudável que traz bem-estar físico
e mental, estimula o bronzeamento da pele e osteoporose (essencial à produção
da vitamina D e absorção de cálcio), entre outras coisas. Seus efeitos no ser
humano variam segundo as características individuais da pele e também dependem
do tempo de exposição, intensidade e frequência do sol.
O protetor solar é um bloqueador parcial dos efeitos potencialmente danosos da radiação ultravioleta. Muito importante na prevenção de queimaduras e do câncer de pele oriundos da radiação solar (presente mesmo em dias nublados), deve ser escolhido de acordo com o ambiente e situações as quais o uso se aplica, como banho de mar, dia-a-dia, etc.
A
principal referência sobre a eficácia fotoprotetora considerada no ato da
compra ainda é o Fator de Proteção Solar (FPS), porém, tão importante quanto
observar esse número é atentar a quantidade e frequência ideais de aplicação, os
dados relativos à resistência na água, proteção UVA/UVC e fotoestabilidade,
importantes na correta fotoproteção.
Os protetores devem ser reaplicados tão
frequentemente quanto necessário para manter a sua efetividade - após nadar, transpiração
intensa, secagem com toalha, e em caso de exposição prolongada ao sol. Aparecem
diferenciados em emulsão cremosa ou loção, spray aerosol e gel.
Cremes e loções
constituem a melhor opção, pois em suas composições permitem a formulação com
maior variedade de filtros, potencializando a ação fotoprotetora.
Como a grande maioria dos filtros contidos nos protetores tem caráter lipídico,
o de toque gorduroso é o mais eficaz embora traga certo desconforto ao usuário.
A textura leve dos chamados oil-free faz com que sejam os recomendados
para pele mista a oleosa, comum a dos brasileiros. Por não aumentarem a
oleosidade natural é uma alternativa adequada e amplamente empregada.
A quantidade ideal de protetor solar para
cobrir todas as reentrâncias da pele corresponde em média a 2mg/cm2,
ou seja: um adulto de altura e peso medianos, para uma eficaz proteção, deve utilizar
de 30 a 40g por aplicação. Estes produtos são comumente comercializados em
embalagens de 120ml, que seria suficiente então para 3 ou 4 aplicações em todo
o corpo. Não é usual, ou até mesmo agradável, manter essa quantidade sobre a
pele. O costume é espalhar o produto até que visualmente ‘desapareça’, mas o
correto é que se façam aplicações generosas.
Os aerossóis, loções compostas basicamente de água e álcool, são fáceis de aplicar
e evaporam rapidamente. Contudo, segundo estudos, seu emprego tem sido questionado
em razão dos baixos níveis de proteção obtidos e pelo próprio efeito nocivo do
álcool etílico sobre a pele.
Géis são preparações de baixo nível de fotoproteção
devido ao pequeno número de filtros, que ao serem incorporados podem formar aglomerados
visíveis a olho nu, não se distribuindo de forma homogênea no produto. Não
obstante a isso, podem conter o já citado vilão álcool etílico. Seu uso é
indicado para peles oleosas e acneicas, porém são plenamente substituíveis por
loções oil-free.
O sol é essencial à
vida na Terra. Importante é saber aproveitar protegido e sem
excessos.
Suzana Silva de Oliveira - 8º semestre
Farmácia
Referências
SCHALKA, Sergio; SILVA DOS REIS; Vitor Manoel. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. São Paulo: Bras Dermatol. 2011. 86(3): 507-15.
SCHALKA, Sergio; SILVA DOS REIS; Vitor Manoel. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. São Paulo: Bras Dermatol. 2011. 86(3): 507-15.
FLOR, Juliana; DAVOLOS, Marian R; CORREA,
Marcos Antonio. Protetores solares. Araraquara:
Quim. Nova, 2007. Vol. 30, No. 1, 153-158.
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