O álcool é a droga mais consumida no mundo, conforme dados
da Organização Mundial de Saúde (OMS). O
alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerado como doença pela
organização. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas
pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências
irreversíveis.
O aspecto social do alcoolismo é tão devastador quanto seus
prejuízos à saúde, pois além de prejudicar a sua própria vida, afeta também a
sua família, amigos e vida profissional.
Quando ingerido, o álcool é absorvido rapidamente pelo
estômago e duodeno e, logo, cai na circulação sanguínea. Na primeira passagem
pelo fígado, começa a ser parcialmente metabolizado, ou seja, o organismo
procura formas para eliminá-lo, destruindo suas moléculas e expelindo pequena
porcentagem delas pela urina, suor, hálito, etc. É no fígado, portanto, que a
estrutura química do álcool é alterada e ele é decomposto em gás carbônico e
água.
Porém, nesse processo gera as substâncias que podem ser devastadoras ao
organismo. Em longo prazo, o álcool
prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela
destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a
digestão. Dessa forma, havendo um grande teor de álcool no sangue, o fígado
sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa
inflamações como: gastrite, hepatite, pancreatite, neurite, entre outros órgãos
e tecidos afetados.
O hábito de beber “socialmente” pode levar um indivíduo, que
tem propensão ao alcoolismo, a desenvolver a dependência. Apesar de ser aceito
pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome
quanto para as pessoas que estão próximas.
O abuso de álcool (mesmo em não alcoólatras) pode causar
acidentes de trânsito, comportamentos antissociais, violência doméstica,
problemas no trabalho, como propiciar acidentes de trabalho.
A dependência pelo álcool pode ser acompanhada por outros
estágios da doença como: abuso (uso diário, vício), o uso excessivo, porém não
continuado, quando a pessoa que se excede numa festa, por exemplo, perda de
memória, episódios de alucinação, delírios, distúrbios de ansiedade, sexuais e
do sono.
Pesquisas comprovam que alguns fatores genéticos aumentam o
risco da doença. O alcoolismo ocorre com mais frequência em certas famílias, gêmeos
idênticos, e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por
famílias de pessoas que não bebem.
A redução ou a interrupção do uso do álcool em pacientes
dependentes produz um conjunto de sintomas chamado de síndrome de abstinência.
Embora alguns pacientes possam experimentar sintomas leves, existem aqueles que
podem desenvolver sintomas e complicações mais graves, levando-os até a morte.
Uma das formas de tratamento contra o alcoolismo é a
estratégia delineada pelos Alcoólicos Anônimos. Esse grupo de auto-ajuda tem o
programa dos 12 passos. Entre outras propostas, são possíveis outras
terapêuticas como a medicamentosa, a de suporte psicossocial, etc.
Assim como o acompanhamento médico, psicológico, tratamento
farmacológico, os Alcoólicos Anônimos, torna-se também uma opção dentre tantas
outras para o tratamento, porém o dependente deve estar disposto a se tratar,
para que as estratégias tornem-se efetivas.
Os Alcoólicos Anônimos é uma entidade fundada em 1935
direcionada a tratar do alcoolismo, mediante reuniões onde os participantes
expõem seus problemas e, com o apoio mútuo, mantêm-se afastados do álcool. Seus
membros buscam pautar sua conduta em relação ao álcool com uma frase: é melhor
evitar o primeiro gole.
Melissa Guimarães Menezes – 8º semestre de Farmácia
Referências:
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS. A doença do alcoolismo. São Paulo, s/d,
JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil. Disponível
em: <http://www.alcoolicosanonimos.org.br>. Acesso em: 25 out. 2014.
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em
saúde: Alcoolismo. [S.l.]: BVS, 2014. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 25 out. 2014.
SANTOS, M. A. Psicoterapia psicanalítica: aplicações no
tratamento de pacientes com problemas relacionados ao uso de álcool e outras
drogas. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.), Ribeirão
Preto, v. 3, n. 1, fev. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso
em: 25 out. 2014.
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