A dor de cabeça, ou cefaleia, é
um transtorno que pode acometer todas as pessoas adultas, ao menos uma vez na
vida. Quando crônica, as causas são variadas e o diagnóstico médico é
importante para descartar outras doenças que possam provocar a cefaleia e assim
poder propor a terapêutica mais adequada. Já a dor de cabeça comum é leve ou
moderada e, normalmente, não impede o indivíduo de realizar as atividades
corriqueiras, levando-o à automedicação. Mas, se essa dor ocorrer mais de duas
a três vezes todos os meses, talvez seja necessário um tratamento preventivo
para que a doença não se torne crônica.
Quase 3% da população tem dor de
cabeça crônica, que é quando se tem o problema em mais da metade dos dias do
mês. Outros sintomas que também podem aparecer no problema crônico são: dor acompanhada
por náuseas ou vômitos, problemas visuais, tais como pontos ou riscos
coloridos, além de incômodo com a luz, fonofobia ou agravação do quadro pelo
som do ambiente. Um aspecto importante na cefaleia crônica é a de que o uso de
analgésicos pode não provocar resultados significativos no controle da dor. E
pior, o uso contínuo dos analgésicos para o controle da cefaleia pode piorar os
sintomas, além dos riscos das reações adversas comuns, como irritação gástrica.
O uso crônico de analgésicos
(ácido acetilsalicílico, dipirona, paracetamol ou outros) pode provocar o
chamado efeito rebote. Na suspensão do medicamento, o organismo ressente-se de
sua falta e apresenta, como consequência, uma cefaleia mais intensa e
prolongada, levando o indivíduo a retomar o seu uso, perpetuando essa prática.
Alguns estudos mostram que 60% das pessoas com dor de cabeça crônica fazem uso
contínuo desses medicamentos. Até o uso intenso de café pode provocar cefaleia
crônica. O uso intenso de analgésicos é quando você toma um ou mais comprimidos
por dia. Ou a dor de cabeça piora quando você deixa de fazer uso do
medicamento.
Após a retirada do uso crônico
dos analgésicos, pode demorar até seis meses para que o organismo se readapte a
essa condição. E durante esse período, pode haver a piora da dor. É importante
o seguimento médico porque outras medicações podem ser usadas. Também são
importantes a reeducação alimentar e atividades de lazer e de relaxamento. E
acredite que a enxaqueca, um tipo de cefaleia crônica, tem cura desde que com
terapia bem orientada. Outros tipos de cefaleias crônicas podem não ter cura,
porém é possível conseguir melhoria na qualidade de vida. Não se automedique,
procure um médico!
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe
sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de
Farmácia da UniSantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por
carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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