Nossos olhos são lubrificados e
protegidos pelas lágrimas, que formam película protetora. Além da função de
proteção, essa película leva nutrientes e oxigênio para as células da nossa
córnea. Uma deficiência na produção das lágrimas provoca a dificuldade
fisiológica de proteção dos olhos. A poeira e a poluição que entram em
contato com os olhos podem provocar irritação e o quadro chamado de olho seco
pode se instalar.
O olho seco é uma doença crônica
causada pela falta de umedecimento e lubrificação do olho, sendo característica
a diminuição da produção de lágrimas ou deficiência em algum dos componentes da
nossa lágrima. Ela pode estar relacionada à exposição de poluição, ficar muito
tempo na frente do computador, trauma, uso indiscriminado de medicamentos,
idade avançada, uso de lentes de contato de maneira inadequada, menopausa nas
mulheres e doenças do sistema imunológico. Quando não tratada corretamente, pode
acabar resultando em lesão da superfície ocular e, dependendo da gravidade do
caso, a perda da visão.
Os sintomas podem variar de incômodo,
ardor, vermelhidão, dificuldade para permanecer em frente ao computador, olhos
embaçados no final do dia e grande irritabilidade a tarefas como efetuar uma
leitura. Há vários métodos de diagnosticar o olho seco, porém pode ser
facilmente confundido com outras condições, como infecções ou alergias oculares. O oftalmologista deve medir a produção,
a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos.
O tratamento mais comum é feito
com a utilização das lágrimas artificiais. As lágrimas artificiais possuem
substâncias que conseguem repor a película protetora ausente ou insuficiente
sobre a superfície ocular. Recentemente, foi determinado que as lágrimas
artificiais são medicamentos específicos, ou seja, é para ação profilática,
curativa ou paliativa, não se enquadrando mais nos “produtos para saúde”,
quando poderia ser utilizada de qualquer maneira. Procure uma indicação com o
farmacêutico para saber se, no seu caso, a utilização das lágrimas artificiais pode
ser adequada. Porém, casos mais severos necessitam do uso de medicações tópicas
mais específicas e até mesmo oclusão de ponto lacrimal.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 3° Semestre do curso de
Farmácia
Referências:
HOSPITAL DE OLHOS FREITAG – LÁGRIMAS. Disponível em: <http://hof.com.br/dicas/lagrimas/>.
Acesso em: 7 mar. 2016.
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – Síndrome do olho seco.
Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/sindrome-do-olho-seco.aspx>.
Acesso em: 7 mar. 2016.
ASSOCIAÇÃO DOS PORTADORES DE OLHO SECO – OLHO SECO.
Disponível em: <http://www.apos.org.br/?page_id=2>. Acesso em: 7
mar. 2016.
AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – Lágrimas artificiais recebem enquadramento
como medicamento específico. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2015/lagrimas+artificiais+recebem+enquadramento+como+medicamento>.
Acesso em: 12 mar. 2016
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