terça-feira, 26 de abril de 2016

As consequências do olho seco

Nossos olhos são lubrificados e protegidos pelas lágrimas, que formam película protetora. Além da função de proteção, essa película leva nutrientes e oxigênio para as células da nossa córnea. Uma deficiência na produção das lágrimas provoca a dificuldade fisiológica de proteção dos olhos.  A poeira e a poluição que entram em contato com os olhos podem provocar irritação e o quadro chamado de olho seco pode se instalar.


O olho seco é uma doença crônica causada pela falta de umedecimento e lubrificação do olho, sendo característica a diminuição da produção de lágrimas ou deficiência em algum dos componentes da nossa lágrima. Ela pode estar relacionada à exposição de poluição, ficar muito tempo na frente do computador, trauma, uso indiscriminado de medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato de maneira inadequada, menopausa nas mulheres e doenças do sistema imunológico. Quando não tratada corretamente, pode acabar resultando em lesão da superfície ocular e, dependendo da gravidade do caso, a perda da visão.

Os sintomas podem variar de incômodo, ardor, vermelhidão, dificuldade para permanecer em frente ao computador, olhos embaçados no final do dia e grande irritabilidade a tarefas como efetuar uma leitura. Há vários métodos de diagnosticar o olho seco, porém pode ser facilmente confundido com outras condições, como infecções ou alergias oculares. O oftalmologista deve medir a produção, a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos.

O tratamento mais comum é feito com a utilização das lágrimas artificiais. As lágrimas artificiais possuem substâncias que conseguem repor a película protetora ausente ou insuficiente sobre a superfície ocular. Recentemente, foi determinado que as lágrimas artificiais são medicamentos específicos, ou seja, é para ação profilática, curativa ou paliativa, não se enquadrando mais nos “produtos para saúde”, quando poderia ser utilizada de qualquer maneira. Procure uma indicação com o farmacêutico para saber se, no seu caso, a utilização das lágrimas artificiais pode ser adequada. Porém, casos mais severos necessitam do uso de medicações tópicas mais específicas e até mesmo oclusão de ponto lacrimal.

João Gabriel Gouvêa da Silva – 3° Semestre do curso de Farmácia

Referências:

HOSPITAL DE OLHOS FREITAG – LÁGRIMAS.  Disponível em: <http://hof.com.br/dicas/lagrimas/>. Acesso em: 7 mar. 2016.

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – Síndrome do olho seco. Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/sindrome-do-olho-seco.aspx>. Acesso em: 7 mar. 2016.

ASSOCIAÇÃO DOS PORTADORES DE OLHO SECO – OLHO SECO. Disponível em: <http://www.apos.org.br/?page_id=2>. Acesso em: 7 mar. 2016.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – Lágrimas artificiais recebem enquadramento como medicamento específico. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2015/lagrimas+artificiais+recebem+enquadramento+como+medicamento>. Acesso em: 12 mar. 2016

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