Os colírios vasoconstritores têm
a função de diminuir o diâmetro dos vasos nos olhos, ou seja, os vasos que
estavam dilatados serão reduzidos e com isso, ocorrerá melhora no aspecto dos olhos,
deixando-os mais claros. Porém, ao passar o tempo de ação ocorre o que chamamos
de efeito rebote, que é quando os vasos voltam a se dilatar ainda mais,
deixando-os mais vermelhos. Esses colírios não devem ser
usados com muita frequência e intensidade, pois eles podem gerar resistência e,
quando necessário, utilizá-los novamente serão necessárias doses maiores para
conseguir obter o mesmo efeito.
Algumas pessoas não têm doenças oculares e acabam utilizando colírios por estar com os olhos cansados, irritados e/ou avermelhados devido à poluição, excessos de exposição ao ar condicionado, entre outras causas.
O grande problema é quando a doença existe, já que o
uso desses colírios vasoconstritores pode clarear os olhos e, principalmente,
mascarar os sintomas da doença. Além disso, esses colírios podem provocar
elevação da pressão dentro dos olhos que, se não for controlada ou tratada,
pode afetar a visão e levar à cegueira. Além dos efeitos locais, também pode
aumentar a pressão arterial, diminuir a glicemia e alterar a frequência ou
ritmo dos batimentos cardíacos.
Várias condições constituem emergências oftalmológicas e requerem tratamento médico imediato. A demora na procura do atendimento ou a automedicação pode gerar sérios riscos visuais.
As propagandas prometem tratamento e alívio rápido, orientando os pacientes a consultar o médico apenas se houver a persistência dos sintomas.
A aparência inofensiva dos
colírios, a facilidade de administração e de acesso às drogas oftalmológicas
nas farmácias são fatores de risco para a população.
É muito importante realizar o
controle oftalmológico. Só o médico especializado tem a condição de analisar a
saúde dos olhos. Por isso, é interessante passar por avaliação desse
profissional periodicamente.
Lais Oliveira Reis – 7 º semestre do curso de Farmácia
Referências:
ESPÍNDOLA,
R. F, T. et.al., Analise dos conhecimentos básicos sobre urgências
oftalmológicas em plantonistas não-oftalmologistas. Ar. Bras. Oftalmol.2006;
69(1):11-5.
FINAMOR,
L.P,et.al., Corticoterapia e UveÌtes. Arq.
Bras. Oftalmol. 2002; 65(4): 483.
SOUZA, F.
J.P, et.al., A evolução do mercado farmacêutico brasileiro no tratamento do
glaucoma nos últimos 30 anos. Arq. Bras. Oftalmol. 2003; 66 (6):811-7.
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