A alopecia androgenética ou
calvície masculina afeta grande parte da população mundial, principalmente na
faixa dos 50 anos de idade. Suas causas não são claras, mas são influenciadas
pela genética e também pelos hormônios androgênicos elevados (hormônios
masculinos). Ainda não se conhece quantos genes e quais deles estão envolvidos
no processo, mas sabe-se que filhos de pais calvos também desenvolvem a
alopecia, enquanto as mulheres têm maior influência da genética familiar
feminina, que é mais raro de acontecer a alopecia.
Os hormônios andrógenos são os
hormônios responsáveis na regulação do crescimento capilar. Estes hormônios são
responsáveis pela mudança da característica dos pelos na época da puberdade. O
início da alopecia é extremamente variável, podendo iniciar com queda ou
rarefação do cabelo na adolescência ou na idade adulta, sendo que a queda do
cabelo segue um padrão definido. Na alopecia, a perda capilar não se da pelo
caimento de tufos de cabelo, isso pode estar relacionado a outra patologia e é
importante saber diferenciar.
Para a terapêutica, o uso da
finasterida é bastante utilizado. A finasterida é um hormônio anti-andrógeno
que impede a potencialização da testosterona no nosso organismo. O benefício
desse fármaco é que ele não possui interação com outros medicamentos, sendo
contraindicado apenas para mulheres gestantes ou que estão amamentando, porque
pode afetar o feto ou a criança por conta dos hormônios que também podem ser
encontrados no leite materno.
Em geral, o paciente em uso de
finasterida começa a melhorar após alguns meses de tratamento. A queda de
cabelo é a primeira a ceder e logo em seguida, aumenta a densidade capilar. Um
dos efeitos colaterais da finasterida é a impotência sexual e ainda não está
claro se ocorre um efeito "emocional" ou se há maior sensibilidade em
certos indivíduos que fazem uso dela. Porém, os efeitos adversos vão se
reduzindo conforme o tempo utilizando o medicamento vá se passando.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 6º semestre do curso de Farmácia
Referências:
STEINER, D.; Calvície masculina. Revista
Brasileira de Medicina. P. 597 à 599. Jul. 2007.
WEIDE, A.C.; MILÃO, D.; A
utilização da Finasterida no Tratamento da Alopécia Androgenética. Revista da
Graduação. Rio Grande do Sul, v.2 n.1. 2009.
SOARES, I.F.; BRENNER, F.M.; Alopecia
androgenética masculina: uma atualização. Revista de ciências médicas. Campinas,
v. 18. n.3. p. 153-161. maio/jun. 2009.
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