quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Alopecia masculina

A alopecia androgenética ou calvície masculina afeta grande parte da população mundial, principalmente na faixa dos 50 anos de idade. Suas causas não são claras, mas são influenciadas pela genética e também pelos hormônios androgênicos elevados (hormônios masculinos). Ainda não se conhece quantos genes e quais deles estão envolvidos no processo, mas sabe-se que filhos de pais calvos também desenvolvem a alopecia, enquanto as mulheres têm maior influência da genética familiar feminina, que é mais raro de acontecer a alopecia.
A alopecia atinge quase 80% dos homens na idade adulta e se caracteriza pela perda capilar do couro cabeludo frontal e lateral. Embora a alopecia não traga problemas à saúde, ela afeta completamente a qualidade de vida do indivíduo por conta da estética. Após a puberdade, onde os hormônios masculinos começam a ser produzidos, os cabelos começam a afinar conforme vão crescendo e a velocidade em que isso ocorre é determinada pela predisposição genética da pessoa.

Os hormônios andrógenos são os hormônios responsáveis na regulação do crescimento capilar. Estes hormônios são responsáveis pela mudança da característica dos pelos na época da puberdade. O início da alopecia é extremamente variável, podendo iniciar com queda ou rarefação do cabelo na adolescência ou na idade adulta, sendo que a queda do cabelo segue um padrão definido. Na alopecia, a perda capilar não se da pelo caimento de tufos de cabelo, isso pode estar relacionado a outra patologia e é importante saber diferenciar.

Para a terapêutica, o uso da finasterida é bastante utilizado. A finasterida é um hormônio anti-andrógeno que impede a potencialização da testosterona no nosso organismo. O benefício desse fármaco é que ele não possui interação com outros medicamentos, sendo contraindicado apenas para mulheres gestantes ou que estão amamentando, porque pode afetar o feto ou a criança por conta dos hormônios que também podem ser encontrados no leite materno.

Em geral, o paciente em uso de finasterida começa a melhorar após alguns meses de tratamento. A queda de cabelo é a primeira a ceder e logo em seguida, aumenta a densidade capilar. Um dos efeitos colaterais da finasterida é a impotência sexual e ainda não está claro se ocorre um efeito "emocional" ou se há maior sensibilidade em certos indivíduos que fazem uso dela. Porém, os efeitos adversos vão se reduzindo conforme o tempo utilizando o medicamento vá se passando.

João Gabriel Gouvêa da Silva – 6º semestre do curso de Farmácia

Referências:

STEINER, D.; Calvície masculina. Revista Brasileira de Medicina. P. 597 à 599. Jul. 2007.

WEIDE, A.C.; MILÃO, D.; A utilização da Finasterida no Tratamento da Alopécia Androgenética. Revista da Graduação. Rio Grande do Sul, v.2 n.1. 2009.

SOARES, I.F.; BRENNER, F.M.; Alopecia androgenética masculina: uma atualização. Revista de ciências médicas. Campinas, v. 18. n.3. p. 153-161. maio/jun. 2009.

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