A Vitamina A é um termo genérico para um grupo de substâncias com a
mesma atividade biológica. Assim como a forma natural, encontramos substâncias
semelhantes na natureza e também as sintéticas que podem produzir o mesmo
efeito. O corpo é incapaz de produzir a vitamina A, então somos obrigados a
ingeri-la.
Ainda na natureza, outras substâncias (provitaminas carotenóides),
quando ingeridas, dão origem à vitamina A e imprimem a cor laranja ou amarela aos
alimentos como abóbora, cenoura, manga, pêssego e mamão. Em alguns vegetais
folhosos verdes-escuros, como espinafre, também encontramos uma quantidade
apreciável dessas provitaminas. Fígado e leite comercial também são excelentes
fontes, mas, para a criança, o leite materno é insubstituível.
A vitamina A atua na retina formando compostos indispensáveis para a
visão e mantém o crescimento e a integridade das células em todos os tecidos do
corpo. A falta da vitamina dificulta enxergar à noite e, no limite, leva à
cegueira total. Além de para a visão, a vitamina A é necessária para o
crescimento e o desenvolvimento de crianças desde a fase fetal. Os adultos
também necessitam dessa vitamina, pois mantêm úmidas e saudáveis as mucosas,
que retém muitos microorganismos auxiliando na defesa imunológica.
A carência da vitamina A faz com que as crianças fiquem doentes com mais
frequência, tornando as diarréias muito graves, podendo levá-las à morte. A
hipovitaminose também provoca olhos secos, ásperos e sem brilho. Mas o
contrário também não é bom. A ingestão exagerada de vitamina A se manifesta
como pele seca, áspera e descamativa, além de dores de cabeça, ósseas e articulares.
Muitos outros sintomas também podem surgir. Como a vitamina A interfere na
divisão celular, o consumo exagerado pode causar câncer. Mulheres grávidas não
devem receber suplemento de vitamina A.
Procure por um médico ou farmacêutico para conversar a respeito. Se
ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos
(CIM) do curso de Farmácia da UniSantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada
ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002, Santos SP.
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi,
farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista
em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos (1997),
mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor
titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
*Publicado originalmente pelo Jornal da Orla
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