As
coceiras no couro cabeludo podem danificar a saúde capilar. O atrito causado
pela coceira, além de causar feridas e crostas no couro cabeludo, pode deixar o
cabelo com o aspecto quebradiço, sem vida e armados. As causas dessas coceiras
podem ser variadas, como por exemplo: infestação por piolhos, dermatites, micoses
superficiais ou reação alérgica a produtos cosméticos.
Micoses superficiais são
infecções na pele originadas por fungos, limita-se às porções epidérmicas da
pele, ou seja, à sua superfície, também pode afetar os pelos e as unhas. A pitiríase
é um exemplo de infecção micótica, sendo caracterizada pela alteração da
pigmentação da pele por conta da colonização do fungo. Ela é causada por uma
levedura que é normalmente presente na nossa pele, mas que em condições locais
propícias pode se tornar patogênica. A pigmentação da pele onde o fungo se
aloja é acastanhada e esses locais causam irritação e o atrito na hora da
coceira causa lesão do local. Essas micoses podem ser tratadas com xampus específicos
para combater esses tipos de micro-organismos.
As dermatites seborreicas são
doenças crônicas causadas por conta da inflamação na pele, que causa um
processo de descamação e vermelhidão. Essa inflamação é normalmente
desencadeada por agentes externos, como a alteração de temperatura, estresse,
alergias ou excesso de oleosidade. Porém, a presença de um fungo também pode
causar esse tipo de dermatite. Ela causa uma forte coceira no couro cabeludo,
onde tem a formação de crostas que podem arder pelo fato de ser cutucada, a
formação de escamas brancas, que é a caspa, leve vermelhidão na área e possível
perda de cabelo se não for tratada.
Outra doença que pode causar coceira
aguda no couro cabeludo é a pediculose, causada pela infestação de piolhos. Na
pediculose capilar é comum a intensa coceira, formação de pápulas e bolhas
atrás das orelhas. A transmissão se dá pelo contato direto ou indireto com
pessoas infectadas pelo parasita, pois ele pode se alojar em roupas, assentos
de ônibus, bonés ou até mesmo em assentos escolares. A detecção dessa patologia
se dá pela visualização das lêndeas (ovos dos piolhos que ficam nos fios de
cabelo) e a sintomatologia dela. Não confie em tratamentos caseiros com vinagre
ou substâncias do gênero, peça orientação ao farmacêutico, o qual é capaz de
orientar xampus e loções com substâncias capazes de eliminar os parasitos
(principalmente permetrina e lindano).
João Gabriel Gouvêa da Silva – 8º
Semestre do curso de Farmácia
Referências:
PORTAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DERMATOLOGIA – Dermatite seborreica.
Disponível em: http://www.sbd.org.br. Acesso em: 8 abril de 2016.
PORTAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DERMATOLOGIA – Pediculose (Piolho)
Disponível em: http://www.sbd.org.br/doencas/pediculose-piolho/. Acesso em: 8 abril de 2016.
MINELLI, L.; NEME, L. Atualização
em micoses superficiais. RBM – Ver. Bras. Med. Rio de Janeiro v. 61 n.5. p. 28
à 34. Maio de 2004.
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