sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Dematites seborreicas

As coceiras no couro cabeludo podem danificar a saúde capilar. O atrito causado pela coceira, além de causar feridas e crostas no couro cabeludo, pode deixar o cabelo com o aspecto quebradiço, sem vida e armados. As causas dessas coceiras podem ser variadas, como por exemplo: infestação por piolhos, dermatites, micoses superficiais ou reação alérgica a produtos cosméticos.

Micoses superficiais são infecções na pele originadas por fungos, limita-se às porções epidérmicas da pele, ou seja, à sua superfície, também pode afetar os pelos e as unhas. A pitiríase é um exemplo de infecção micótica, sendo caracterizada pela alteração da pigmentação da pele por conta da colonização do fungo. Ela é causada por uma levedura que é normalmente presente na nossa pele, mas que em condições locais propícias pode se tornar patogênica. A pigmentação da pele onde o fungo se aloja é acastanhada e esses locais causam irritação e o atrito na hora da coceira causa lesão do local. Essas micoses podem ser tratadas com xampus específicos para combater esses tipos de micro-organismos.

As dermatites seborreicas são doenças crônicas causadas por conta da inflamação na pele, que causa um processo de descamação e vermelhidão. Essa inflamação é normalmente desencadeada por agentes externos, como a alteração de temperatura, estresse, alergias ou excesso de oleosidade. Porém, a presença de um fungo também pode causar esse tipo de dermatite. Ela causa uma forte coceira no couro cabeludo, onde tem a formação de crostas que podem arder pelo fato de ser cutucada, a formação de escamas brancas, que é a caspa, leve vermelhidão na área e possível perda de cabelo se não for tratada.

Outra doença que pode causar coceira aguda no couro cabeludo é a pediculose, causada pela infestação de piolhos. Na pediculose capilar é comum a intensa coceira, formação de pápulas e bolhas atrás das orelhas. A transmissão se dá pelo contato direto ou indireto com pessoas infectadas pelo parasita, pois ele pode se alojar em roupas, assentos de ônibus, bonés ou até mesmo em assentos escolares. A detecção dessa patologia se dá pela visualização das lêndeas (ovos dos piolhos que ficam nos fios de cabelo) e a sintomatologia dela. Não confie em tratamentos caseiros com vinagre ou substâncias do gênero, peça orientação ao farmacêutico, o qual é capaz de orientar xampus e loções com substâncias capazes de eliminar os parasitos (principalmente permetrina e lindano).

João Gabriel Gouvêa da Silva – 8º Semestre do curso de Farmácia

Referências:

PORTAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – Dermatite seborreica.
Disponível em: http://www.sbd.org.br. Acesso em: 8 abril de 2016.

PORTAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – Pediculose (Piolho)
Disponível em: http://www.sbd.org.br/doencas/pediculose-piolho/. Acesso em: 8 abril de 2016.

MINELLI, L.; NEME, L. Atualização em micoses superficiais. RBM – Ver. Bras. Med. Rio de Janeiro v. 61 n.5. p. 28 à 34. Maio de 2004. 

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