Diversas doenças que antigamente causavam
epidemias, e levavam milhares de pessoas ao óbito, hoje em dia, dificilmente
chegam a infectar seres humanos ou não causam mortalidades na mesma dimensão.
Este feito pôde ser realizado graças às vacinas, substâncias biológicas com a
capacidade de estimular o sistema imune. Elas garantem que o agente causador da
doença seja eliminado antes de estabelecer o processo infeccioso, tão logo o
organismo entre em contato com o agente invasor.
No processo de desenvolvimento de novas
vacinas, os pesquisadores procuram métodos de como fazer o sistema imunológico
reagir de maneira mais efetiva contra determinado agente invasor ou de maneira
menos agressiva quando são processos autoimunes.
A rinite alérgica, por exemplo, é causada
pelo sistema imune identificar as partículas de pó como grande ameaça ao
organismo e reage de maneira exagerada. Pesquisas recentes conseguiram desenvolver
uma vacina que, quando administrada todas as doses corretamente, é evita a
sucessão de crises, atuando como medida profilática.
Outras pesquisas estão tentando desenvolver
uma vacina que consiga prevenir o aparecimento da diabetes. Em estudos
conduzidos em animais de laboratório, a administração da vacina chamada BCG
durante as primeiras semanas de vida do animal consegue prevenir o aparecimento
do quadro de diabetes.
Porém, para uma vacina recém-desenvolvida ser
considerada segura e eficaz, são necessários diversos ensaios e testes.
Inicialmente os pesquisadores buscam os antígenos a serem combatidos e passam a
desenvolver o conceito por trás da vacina, fazendo seus devidos testes em
animais de laboratório e tubos de ensaio. Após comprovado a eficácia da vacina
em testes laboratoriais, iniciam-se os testes em humanos.
Durante o período de testes em humanos, as
fases iniciais são realizadas pequenos grupos de pessoas, para comprovar a
segurança da resposta imunológica. Dando resultados positivos, a próxima fase
se baseia em testes realizados em maiores grupos de indivíduos, para poder
assegurar, com maior precisão, a segurança da vacina, sendo definido nesta fase
a dose exata e o tempo em que a vacina é administrada.
Os testes não se limitam a essas fases. Ainda
são realizados testes com centenas de pessoas, com o objetivo de garantir a
segurança de seu uso e eficácia. Mesmo a vacina apresentando resultados
positivos em todos os testes, ela continua sob supervisão das autoridades para
haver a certeza de que a vacina é segura e eficaz.
É importante compreender que os estudos sobre
desenvolvimento de novas vacinas é muito variado e muitas vezes não significa
necessariamente que haverá cura definitiva. Este processo pode demorar pelo
menos 5 anos do início do desenvolvimento até que possa ser usada amplamente.
As vacinas são benéficas e auxiliam o sistema imune a realizar seu trabalho de
maneira mais efetiva, portanto sempre mantenha as vacinas em dia, busque orientação
em uma unidade de saúde mais próxima.
João
Gabriel Gouvêa da Silva – 6° semestre do curso de Farmácia
Referências:
KIRSTEN,
V.R. et al. Modelos experimentais para o estudo do diabetes tipo 1. Medicina. Ribeirão Preto, v.43, n.1, p. 3-10, 2010.
DINIZ,
M.O.; FERREIRA, L.C.S. Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas. Estud.
av. São Paulo, v.24, n.70, 2010.
LOURENÇO,
E.A. et al. Subcutaneous
Immunotherapy Improves the Symptomatology of Allergic Rhinitis. Int. Arch.
Otorhinolaryngol. São Paulo, v.20, n.1,
Jan./Mar. 2016.
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