Tratamentos
alternativos, menos agressivos e sem efeitos colaterais. É essa busca que leva
pacientes a optarem pelo uso da homeopatia. Considerada desde 1980 pelo
Conselho Federal de Medicina como uma especialidade, o tratamento homeopático é
apontado como eficiente pelos usuários. Podendo ser associada a medicamentos
alopáticos, a homeopatia é reconhecida desde 1978
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como medicina complementar.
“Eu me sinto bem com homeopatia”. Maria da Conceição Martins Reis, de 79 anos, não
tem dúvidas quanto aos benefícios da homeopatia para sua saúde. Há 10 anos,
começou a tomar em decorrência de tosse e rinite alérgica fortes e que não apresentavam
melhora com o uso da alopatia. Após o uso da homeopatia, os sintomas passaram,
mas a aposentada não interrompeu o tratamento. Ela vai, a cada dois meses, ao
médico homeopata, que faz prescrições de acordo com suas queixas.
Atualmente, usa a homeopatia para tratar dores,
como na coluna e pernas. Maria é adepta da medicina alternativa, por isso
também faz acupuntura. A aposentada destaca que a homeopatia é boa para todos
os sintomas, inclusive se acalmar. Segundo ela, o principal
ponto a favor da homeopatia é não agredir o corpo, em especial os rins. “Se não
fizer bem, mal também não faz”. Porém, ressalta que é preciso ter paciência, pois
é um tratamento gradual e que exige continuidade. “Porque a homeopatia é lenta.
Você não vê o efeito na hora”.
A professora Vânia dos
Santos Assunção, de 52 anos, herdou da mãe a crença na terapia homeopática.
Desde os seis anos, para tratar sintomas como febre e ansiedade, faz uso de
homeopatia. Segundo ela, o principal benefício da homeopatia é que não traz
efeitos colaterais, além de ajudar o lado psicológico e emocional. “Acredito
muito em energia e na questão de que toda doença tem um fundo psicológico, pelo
menos a grande maioria”. Apesar de tomar também medicamentos alopáticos, dá
preferência para os homeopáticos, até para o filho de 7 anos. Vânia destaca
que, mesmo agindo de maneira um pouco mais lenta, é bastante eficaz na melhora.
Hoje, toma, continuamente, tanto para problemas crônicos, como menopausa e
gastrite, como para febre, bastidas e contusões.
BRASIL
–
Em 2006 foi instituído no Sistema Único de Saúde a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares, visando levar à população recursos
terapêuticos como fitoterapia, acupuntura e homeopatia. Segundo o Ministério da
Saúde, em 2016 foram dois milhões de atendimentos, sendo 13 mil de homeopatia.
Por Victória Meschini – 8º
semestre do curso de Jornalismo
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