Em tempos de eleições, quando a escolha dos representantes
gera muita ansiedade por parte dos eleitores e também nos próprios candidatos,
temos um problema quase crônico em nossa sociedade, a ansiedade, a que alguns
autores denominam de “o mal da modernidade”. Ela pode ser confundida com muitos
outros problemas, como estresse, depressão, síndrome do pânico e até mesmo
patologias mais graves como esquizofrenia.
A ansiedade apresenta vários fenômenos que podem trazer
benefícios ou prejuízos, dependendo da circunstância ou intensidade.
Nem sempre a ansiedade é negativa. A ansiedade funcional impulsiona
o indivíduo para que ele se prepare para agir diante de algo importante. É um fator
que estimula a pessoa a buscar os recursos que precisa para ser bem sucedido no
que vai fazer. Também é importante para lidar com dificuldades ou momento de
pânico.
O mecanismo da
ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz
exatamente o contrário, limitando reações, impedindo a realização de tarefas
cotidianas. Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao
funcionamento do corpo e às experiências de vida.
Vários fatores podem delimitar o limiar da ansiedade entre a
dita normal e a patológica. O indivíduo pode sentir-se ansioso em situações
como, por exemplo, uma entrevista de emprego, época de provas, doença na
família, entre outras. Porém, ao sentir ansiedade sem nenhuma razão aparente,
ou incontrolável perante circunstâncias corriqueiras, como usar o elevador, a
sensação pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de
fazer coisas simples por causa do desconforto que sente.
Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos
do que a ansiedade do dia a dia. Seguem alguns exemplos de quando a ansiedade
está se tornando patológica: preocupações, tensões (a pessoa não consegue
relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai
acontecer; preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;
medo extremo de algum objeto ou situação em particular; falta de controle sobre
os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da
vontade; pavor depois de uma situação muito difícil.
O tratamento para o transtorno da ansiedade pode envolver medicamentos
(sempre com acompanhamento e receita médica) ou psicoterapia com psicólogos ou
médicos psiquiatras; e, obviamente, a combinação dos dois tratamentos
(medicamentos e psicoterapia).
A maioria das pessoas apresenta melhora e retoma suas
atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante
procurar ajuda especializada. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento
eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para que se obtenham
resultados satisfatórios e menores prejuízos.
Melissa Guimarães Menezes – 8º semestre de Farmácia
Referências:
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em
saúde: Ansiedade. [S.l.]: BVS, 2011. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 08 out. 2014.
CASTILLO, A. R. G.L., et al.. Transtornos de ansiedade. Rev.
Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 22, dez. 2000. Supl. 2. Disponível em:
<http://www.scielo.br >. Acesso em: 08 out. 2014.
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