As
taxas crescentes de suicídio no Brasil e no mundo mostraram a necessidade de se
discutir o tema. No Brasil, mais de 10.000 pessoas morrem anualmente praticando
o suicídio. São mais de 800.000 pessoas no mundo todo. A distribuição dessas
mortes, no Brasil, é desigual por faixa etária, por renda e por região no país.
É maior nas pessoas com mais de 70 anos e na região sul. E é segunda maior
causa de morte entre os jovens.
Apesar
do suicídio, muitas vezes, estar associado a um fato concreto, como perda de
emprego ou desilusão amorosa, o problema real antecede essa situação. Alguns
estudos apontam que o suicídio está associado a algum tipo de transtorno mental
em 90% dos casos. Depressão, transtorno do humor bipolar e dependência de
álcool e de outras drogas psicoativas são situações mais comumente associadas
ao suicídio. Dois ou mais fatores em um mesmo indivíduo aumenta a gravidade,
como a depressão e o alcoolismo crônico.
Tratando-se
a condição prévia, diminui-se o risco de suicídio. A psicoterapia, o uso de
medicamentos específicos ou associação dessas estratégias pode ser importante.
Dor crônica insuportável também está dentre as situações que fazem que as
pessoas busquem esse ato extremo.
A
depressão, por sua vez, é um transtorno bastante prevalente no mundo de hoje.
Estima-se que um sexto da população terá, ao menos, um episódio depressivo ao
longo da vida. E que cerca de 9% da população apresente quadro depressivo ao
longo do último ano. A depressão pode ser experimentada de diversas formas,
como a incapacidade de dormir ou sono excessivo; falta de concentração em
tarefas; alterações no apetite; níveis de energia reduzidos; sensação de culpa
contínua, sem motivo específico; e pensamentos suicidas recorrentes. Quando
mais desses sintomas estiverem juntos, mais importante será buscar auxílio
médico e/ou psicológico.
Há
vários medicamentos antidepressivos disponíveis no mercado, porém sua eficácia
e segurança em tratamentos de longo prazo ainda tem estudos conclusivos. Porém,
é sabido que, em casos mais graves, o uso de medicamento é fundamental para o
controle do estado depressivo.
Prof.
Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP
(1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos
(1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor
titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
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