segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Setembro amarelo: suicídio

As taxas crescentes de suicídio no Brasil e no mundo mostraram a necessidade de se discutir o tema. No Brasil, mais de 10.000 pessoas morrem anualmente praticando o suicídio. São mais de 800.000 pessoas no mundo todo. A distribuição dessas mortes, no Brasil, é desigual por faixa etária, por renda e por região no país. É maior nas pessoas com mais de 70 anos e na região sul. E é segunda maior causa de morte entre os jovens.

Apesar do suicídio, muitas vezes, estar associado a um fato concreto, como perda de emprego ou desilusão amorosa, o problema real antecede essa situação. Alguns estudos apontam que o suicídio está associado a algum tipo de transtorno mental em 90% dos casos. Depressão, transtorno do humor bipolar e dependência de álcool e de outras drogas psicoativas são situações mais comumente associadas ao suicídio. Dois ou mais fatores em um mesmo indivíduo aumenta a gravidade, como a depressão e o alcoolismo crônico.

Tratando-se a condição prévia, diminui-se o risco de suicídio. A psicoterapia, o uso de medicamentos específicos ou associação dessas estratégias pode ser importante. Dor crônica insuportável também está dentre as situações que fazem que as pessoas busquem esse ato extremo.

A depressão, por sua vez, é um transtorno bastante prevalente no mundo de hoje. Estima-se que um sexto da população terá, ao menos, um episódio depressivo ao longo da vida. E que cerca de 9% da população apresente quadro depressivo ao longo do último ano. A depressão pode ser experimentada de diversas formas, como a incapacidade de dormir ou sono excessivo; falta de concentração em tarefas; alterações no apetite; níveis de energia reduzidos; sensação de culpa contínua, sem motivo específico; e pensamentos suicidas recorrentes. Quando mais desses sintomas estiverem juntos, mais importante será buscar auxílio médico e/ou psicológico.

Há vários medicamentos antidepressivos disponíveis no mercado, porém sua eficácia e segurança em tratamentos de longo prazo ainda tem estudos conclusivos. Porém, é sabido que, em casos mais graves, o uso de medicamento é fundamental para o controle do estado depressivo.

Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.

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