Professora mestre Marlyse Ribeiro, do curso de Farmácia da UniSantos |
Medicamentos, amido de milho,
achocolatado diet, hidratantes, fraldas geriátricas e absorventes. Estes itens
fazem parte de uma lista que, entre tantos outros, somam-se às solicitações
feitas periodicamente ao Sistema Único de Saúde (SUS), como contou a farmacêutica
do grupo de ação judicial do Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista,
Marlyse Selma de Oliveira Ribeiro.
Professora mestre do curso de
Farmácia da UniSantos, ela explicou que o objetivo do setor é analisar a
viabilidade de arcar com os custos das demandas em detrimento da real necessidade
das solicitações. Como exemplo, citou casos de pedidos feitos na justiça para
produtos hidratantes de marcas famosas e fraldas geriátricas em quantidade
superior à necessária.
Marlyse Ribeiro disse que existem
medicamentos importados imprescindíveis para o tratamento de doenças raras que
não são contemplados pelo SUS. Nestes casos, a justiça tem o papel de garantir
o direito ao paciente. Já em relação às solicitações desnecessárias que chegam
à justiça, como no caso de medicamentos contemplados gratuitamente pela rede
básica, a consequência é a perda de tempo para quem solicita e para quem está
na fila por motivos plausíveis.
Professor mestre Volney Teixeira, do curso de Direito da UniSantos |
Professor mestre do curso de
Direito da UniSantos, Volney afirmou que todos têm direito de recorrer à
judicialização, o problema é que aqueles que chegam a solicitar o serviço nem
sempre são os que precisam. “O que falta é a cultura social de pensar no
coletivo. Se a pessoa tem boas condições financeiras, ela continua tendo
direito. Mas será que ela precisa?".
PALESTRA – Aberto ao público, o evento, que integrou a série
Diálogos do CIM, contou com a participação de alunos de diferentes cursos da
UniSantos. Do 2º semestre do curso de Enfermagem, Gabriela Vizaco de Souza
contou que se interessou pela palestra para saber mais sobre os medicamentos e
os serviços do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf),
popularmente chamado de Farmácia de Alto Custo.
A curiosidade foi o que motivou o
estudante do 8º semestre do curso de Direito, Murilo Munhoz de Souza, a
participar do evento. Ele disse que não tinha conhecimento sobre questões
ligadas à judicialização da saúde e que estava justamente querendo aprender
sobre o tema. Do curso de Extensão da Terceira Idade, a advogada aposentada Maria
Ede Catani Antunes estava em busca de atualização do conhecimento. “Eu gosto de
aprender coisas novas”.
Do 2º semestre do curso de
Farmácia da UniSantos, Steffany Abreu Valhina disse achar o tema interessante,
principalmente pela oportunidade de conhecer o assunto sob diferentes
perspectivas. “É interdisciplinar e eu acho muito bacana quando relaciona uma
área com a outra, ainda mais para jurisdição na área da saúde, que é bem
polêmica”.
Liliane Souza - 6º semestre do curso de Jornalismo
Fotos: Departamento de Imprensa UniSantos
Fotos: Departamento de Imprensa UniSantos
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