O planejamento familiar na vida da
mulher é crucial para que a família possa estar em condições psicológicas e
financeiras adequadas para ter capacidade de cuidar de uma criança. A gravidez
precoce pode desestabilizar tanto a saúde mental dos pais quanto a dos filhos,
além de muitas vezes acabar prejudicando a educação que a criança deveria ter
dos pais. O conhecimento de métodos contraceptivos é de total importância para
evitar situações indesejadas em determinado momento da vida.
Dos métodos contraceptivos,
existem dois tipos: métodos contraceptivos físicos, ou de barreira, e os
métodos contraceptivos químicos, ou hormonais. Os métodos físicos, como a
utilização de preservativos, são os mais práticos e seguros para se prevenir de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) durante o ato sexual. Os métodos químicos mais conhecidos são os
anticoncepcionais orais ou injetáveis. Os métodos químicos deveriam
restringir-se aos casais com relacionamentos estáveis, principalmente porque é
preciso lembrar que os contraceptivos não previnem DST.
Quando se fala de medicamento,
sempre há uma relação de risco e benefício. Uma das consequências mais
conhecidas do uso de contraceptivos é o risco de trombose arterial e venosa. A
maior população de risco se encontra em mulheres com disposição a doenças
cardíacas, fumantes ou com idade superior a 35 anos. Isto acontece por conta da
presença do estrogênio na composição do contraceptivo, que é capaz de aumentar
a formação de substâncias que levam à agregação de células sanguíneas, havendo
então a formação de trombos na corrente sanguínea.
Essa agregação de células
sanguíneas no sangue, até certo grau, é fisiologicamente normal e serve para
conter sangramentos no nosso organismo. Porém, quando ela é provocada sem
necessidade e de uma maneira intensa como podem fazer os anticoncepcionais,
isso pode ser um fator decisivo para ocorrer um acidente grave, como um
acidente vascular encefálico. Além disso, os anticoncepcionais podem fazer com
que a constituição do sangue se modifique, o que favorece sua agregação, podendo
ocasionar coágulos que futuramente poderiam vir a causar uma embolia pulmonar.
Por mais que o contraceptivo possa
trazer segurança durante a realização do ato sexual, impedindo uma possível
gravidez, é importante refletir sobre a necessidade da utilização do
medicamento em vez dos preservativos. Se houver a necessidade e desejo da
utilização dos anticoncepcionais, não o faça sem a indicação de um profissional
habilitado como o médico. Oriente-se com um farmacêutico a respeito.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 5°
semestre do curso de Farmácia
Referências:
SANTOS, C.A.C.; NOGUEIRA, K.T. Gravidez
na adolescência: falta de informação? Rev. Adolescência & Saúde. Rio de
Janeiro, v. 6, n.1, abril 2009.
ÁVILA, W.S.; TEDOLDI, C.L.
Planejamento familiar e anticoncepção. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v.93,
n.6, dez. 2009.
ALMEIDA, A.P.F.; ASSIS, M.M.
Efeitos colaterais e alterações fisiológicas relacionadas ao uso contínuo de
anticoncepcionais hormonais orais. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde. Salvador, v.
5, n. 5, p. 85-93, jan./jun. 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário