O período menstrual na vida da
mulher é fisiologicamente normal e faz parte de sua natureza. Mas para algumas
mulheres, a menstruação pode ser incômoda, mesmo que consigam lidar com ela sem
muita dificuldade e não passem por muitos momentos estressantes. Por outro
lado, muitas mulheres consideram a menstruação como algo indesejado.
Porém, outra discussão deve
haver: se a interrupção forçada da menstruação pode trazer problemas para a
saúde da mulher de alguma forma ou se realmente é algo que pode ser feito sem
consequências. Hoje em dia, ainda não existem estudos científicos nem
evidências comprovatórias afirmando que a interrupção da menstruação seja algo
prejudicial, fazendo com que esse assunto cause grande debate na área da saúde.
Dentre as metodologias usadas na
alteração da menstruação podemos citar os dispositivos intra-uterinos (DIU), as
pílulas e as injeções de contraceptivos. Existem diversos tipos de DIU,
normalmente sendo feitos de plástico ou de metal. O dispositivo é inserido no
útero por um ginecologista e evita a menstruação pela gradual liberação de
hormônios. Nem todo DIU funciona pela liberação de hormônios, porém estes têm
outras aplicações que não são para a supressão da menstruação.
Pela praticidade, o mais usual é
optarem pelas pílulas e pelas injeções. Para a função de supressão da
menstruação, o contraceptivo a ser utilizado deve ser progestogênico, que são os
mais indicados para esta finalidade. Há diversos tipos de contraceptivos, há os
com hormônios progestogênicos, hormônios estrogênicos e os combinados. Cada hormônio
tem uma função diferente, portanto não é qualquer contraceptivo que pode ser
utilizado para a finalidade de supressão da menstruação, deve ser um escolhido
exatamente para este caso.
O problema das pílulas é como o
uso delas é encarado pela maioria das mulheres, utilizando-as de maneira
irracional. Esses medicamentos são substâncias que tem doses de hormônios que alteram
a fisiologia habitual da mulher, podendo ser prejudicial se não utilizados de
maneira correta. Nunca tente se automedicar, pois qualquer medicamento possui
certos critérios a serem seguidos para poder garantir a sua eficácia e sua
segurança. Sempre se oriente com um médico ou farmacêutico.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 5°
semestre do curso de Farmácia
Referências:
MANICA, D.T. A desnaturalização
da menstruação: hormônios contraceptivos e tecnociência. Horiz. antropol. Porto
Alegre, v. 17, n. 35, Jan./Jun. 2011.
RIBEIRO, C.P.; HARDY, E.;
HEBLING, E.M. Preferências de mulheres brasileiras quanto a mudanças na
menstruação. Rev Bras Ginecol Obstet. Rio de Janeiro, v.29, n.2, p.74-79, 2007.
DUNFORD, N.C.P. et al. Menstrual
Suppression for Combat Operations: Advantages of Oral Contraceptive Pills. Women's
Health Issues. Santa Monica. v. 21, n.1, p.86–91, 2011.
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