As estatinas são a classe medicamentosa utilizada para reduzir os níveis lipídicos, em especial
o colesterol, recomendada na prevenção de hiperlipidemias. Esse desequilíbrio
pode ter origem genética (dislipidemia primária), ser devido a outras doenças ou ao uso de medicamentos, como para o controle de hipotireoidismo, diabetes
melito, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo,
icterícia obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos, betabloqueadores,
corticosteroides e anabolizantes.
Descoberta
em 1971, a partir da bactéria Aspergillus
terreus, a primeira estatina apresentada no mercado recebeu o nome de
lovastatina, em 1996. A partir de 1997, novos derivados sintéticos foram introduzidos,
como a atorvastatina, cerivastatina e a rosuvastatina. O mecanismo de ação da
estatina consiste na inibição da enzima que realiza a síntese de colesterol
intracelular, reduzindo sua disponibilidade e impedindo que este circule
livremente depositando-se sobre as paredes de artérias e veias,
consequentemente diminuindo a chance de doenças cardiovasculares, que são a
grande preocupação do momento.
Níveis
elevados de lipídios podem acarretar em pressão arterial elevada, acidente
vascular encefálico, infarto, entre outros quadros clínicos. Estudos
epidemiológicos e de intervenção com o uso de estatinas, demonstram que a
redução dos níveis lipídicos influencia diretamente na diminuição das chances
de haver complicações cardiovasculares, tanto em pacientes em estágio primário,
quanto em pacientes em estágio secundário.
O sucesso
farmacoterapêutico proveniente do uso das estatinas para a redução de
colesterol influenciou para que estas se tornassem no geral a primeira
estratégia farmacológica a ser adotada. Sendo seus efeitos variantes do tipo de
estatina e da dose empregada, podendo ser associada com outros medicamentos para
a diminuição do nível lipídico. É comum a associação com ezetimiba, resinas,
ácido nicotínico e fibratos. Recomenda-se que seu uso seja realizado no período
noturno e de maneira continua, no entanto em qualquer dúvida, orienta-se que o
paciente procure o farmacêutico ou seu médico para o esclarecimento.
Mayra Ivonete Wessling – 6º semestre do curso de Farmácia.
Referências:
CAMPO,
Vanessa Leiria; CARVALHO, Ivone. Estatinas hipolipêmicas e novas tendências
terapêuticas. Quím. Nova, São Paulo
, v. 30, n. 2, p. 425-430, Apr.
2007.
LINARELLI,
Maria Conceição Barbosa; POTT JR, Henrique. Estatinas: uma revisão sobre
aspectos vasculares. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 17(1):43-52, jan/fev., 2008.
SANTOS,
R.D. et al . I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular. Arq.
Bras. Cardiol., São Paulo , v. 100, n. 1, supl. 3, p. 1-40, Jan. 2013.
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