segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Estatinas na dislipidemia

Atualmente, é comum encontrar diversos artigos apontando que o sobrepeso e a obesidade estão aumentando mundialmente. Ambos são grandes problemas de saúde pública e social. O seu aumento pode ser justificado pela grande oferta de produtos industrializados na sociedade e a necessidade de alternativas mais rápidas e baratas para se alimentar durante o dia. A obesidade e o sobrepeso normalmente são fatores que facilitam o aparecimento de doenças e distúrbios, como por exemplo, a dislipidemia.

Dislipidemia é o nome dado quando os níveis de lipídeos, gorduras, se apresentam alterados no sangue. Uma das dislipidemias mais comuns de acontecerem é a hipercolesterolemia, ou seja, aumento do colesterol no sangue é um dos distúrbios mais comuns de se ocorrer. O aumento do colesterol em níveis exacerbados está, muitas vezes, relacionado a doenças cardiovasculares, responsáveis por uma das maiores causas de morte em países desenvolvidos e representando um terço das causas de morte no Brasil.

Pacientes que sofrem este distúrbio necessitam utilizar medicamentos, sendo as estatinas as mais utilizadas para o tratamento da hipercolesterolemia. As estatinas são capazes de reduzir a síntese de colesterol no organismo inibindo a enzima responsável pela sua formação, o que resulta em uma diminuição do colesterol total no sangue. Estudos apontam que a terapia farmacológica associada a exercícios físicos são medidas eficazes na redução da mortalidade cardiovascular em indivíduos portadores de dislipidemia.

Muitas vezes a mudança do estilo de vida pode normalizar o quadro dislipidêmico, porém há casos que o uso de medicamentos não pode ser dispensando. É importante manter bons hábitos alimentares e realizar exercícios físicos, trabalhando a prevenção destes distúrbios, como é preconizado pela comunidade médica. Monitore os níveis de colesterol no sangue periodicamente e sempre consulte um médico ou farmacêutico sobre a utilização desses medicamentos e de práticas que auxiliam no tratamento.

João Gabriel Gouvêa da Silva – 6° semestre do curso de Farmácia

Referências:

BONFIM, M.R, et al. Tratamento das Dislipidemias com Estatinas e Exercícios Físicos: Evidências Recentes das Respostas Musculares.  Arq Bras Cardiol. São Paulo, v. 104, n. 4, p. 324-332, 2015.

VARGAS, T.C; limberger, j.b. tratamento farmacológico com estatinas: uma revisão sistemática. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde. Santa Maria, v. 14, n. 2, p. 175-187, 2013.


GARCEZ, M.R. et al. Prevalência de Dislipidemia Segundo Estado Nutricional em Amostra Representativa de São Paulo. Arq Bras Cardio, São Paulo, v. 103, n. 6, p.476-484, 2014. 

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